Elza Soares morreu, na tarde desta quinta-feira, aos 91 anos, no Rio de Janeiro. “É com muita tristeza e pesar que informamos o falecimento da cantora e compositora Elza Soares, aos 91 anos, às 15 horas e 45 minutos em sua casa, no Rio de Janeiro, por causas naturais”, diz o comunicado enviado pela assessoria da cantora.
Elza Gomes da Conceição é considerada uma das maiores cantoras da música brasileira, com carreira no samba que começou no final dos anos 50. O início veio como parte da cena do sambalanço com “Se Acaso Você Chegasse”, em 1959. Ícone da música brasileira e dona de uma voz única, Elza marcou a história de várias formas.
Em 1999, foi eleita pela Rádio BBC de Londres como a cantora brasileira do milênio. A escolha teve origem no projeto The Millennium Concerts, da rádio inglesa, criado para comemorar a chegada do ano 2000.[4] Além disso, Soares aparece na lista das 100 maiores vozes da música brasileira elaborada pela revista Rolling Stone Brasil.
Em 2020, último Carnaval antes da pandemia, Elza foi homenageada como enredo da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel. Ela chegou a ser intérprete de sambas da agremiação.
Nascida em uma família muito humilde, composta por dez irmãos, na favela da Moça Bonita, atualmente Vila Vintém, no bairro de Padre Miguel, e ainda pequena mudou-se para um cortiço no bairro da Água Santa, onde foi criada.
Por diversas vezes sofreu violência doméstica, teve uma vida de perdas pessoais intensas (ela morreu hoje, mesmo dia em que seu grande amor Garrincha, há 39 anos). Ao mesmo tempo diva, deusa, intérprete maravilhosa. Todas as honras serão poucas para Elza.
Uma das mais maravilhosas interpretações, para mim, é Meu Guri, do não menos divino Chico Buarque.