A Secretaria de Estado de Defesa do Consumidor (Sedcon) e o Procon-RJ alinharam, junto a representantes do Ifood, medidas que aumentem a transparência nas entregas por aplicativos. O encontro aconteceu nesta segunda-feira (1), após um policial penal atirar contra um entregador por ele se recusar a subir para levar o pedido do agente, em Jacarepaguá (leia aqui). Os casos de violência contra entregadores têm sido comuns não é de hoje e, ainda em 2023, a Revista Meu Condomínio, durante a 4ª Expo Meu Condomínio, discutiu o assunto com representantes do Ifood.
A partir da reunião da última segunda, foi encaminhado um ofício também a outras empresas do setor e entidades representativas. O objetivo é unir forças em um Grupo de Trabalho que vai discutir diretrizes e condições para a regulação do serviço de delivery no Estado do Rio de Janeiro.
O primeiro encontro do grupo está marcado para o dia 8 de setembro. A Sedcon e o Procon-RJ vão acompanhar a implementação das medidas e permanecem à disposição para receber denúncias e sugestões por meio dos canais oficiais de atendimento.
Prisão
Policiais civis da 32ª DP (Taquara), em ação conjunta com a Corregedoria da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), prenderam neste domingo (31) o policial penal José Rodrigo da Silva Ferrarini. A detenção ocorreu em cumprimento a um mandado de prisão temporária expedido pelo Plantão Judiciário do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
O agente é acusado de ter atirado contra um entregador do iFood na noite de sexta-feira (29), em Jacarepaguá, Zona Oeste da capital. Ele não teria comparecido ao plantão previsto na Seap após o episódio.
Testemunhas relataram que o policial penal discutiu com o entregador antes do disparo. A vítima foi socorrida e levada para atendimento médico. Logo após o crime, a 32ª DP iniciou as investigações e apreendeu a arma utilizada, encaminhando-a para perícia. Com base nas provas reunidas, a polícia representou pela prisão preventiva de Ferrarini.
O agente chegou a prestar depoimento na própria 32ª DP no sábado (30), mas foi liberado em seguida.
Conduta reprovada
Ainda no domingo, a Seap anunciou o afastamento de Ferrarini por 90 dias. Em nota oficial, a secretária Maria Rosa Nebel classificou o comportamento do servidor como “abominante” e ressaltou que a Polícia Penal não admite práticas desse tipo.
“A Polícia Penal não compactua em hipótese alguma com atitude como essa, repugnante e que não reflete a conduta da grande maioria dos policiais penais do Rio de Janeiro”, afirmou. Ela acrescentou que a corregedoria acompanha o caso junto à Polícia Civil e manifestou solidariedade ao entregador Valério Júnior.
Até o momento, a reportagem não conseguiu contato com a defesa do policial penal. O espaço segue aberto.

