O vizinho Eduardo Seganfredo Vasconcelos, de 19 anos, confessou para a Polícia Civil que planejou e participou do assalto à casa dos pais da influenciadora Bruna Biancardi em Cotia, na Grande São Paulo. Segundo afirma, a ideia era roubar “os sogros do jogador Neymar”.
O depoimento de Eduardo, obtido com exclusividade pelo Metrópoles, foi prestado na manhã de terça-feira (7/11), horas após o roubo. Pais de Bruna Biancardi, Telma Fonseca Ribeiro, 50 anos, e Edson Ribeiro, 52, tiveram as mãos e os pés amarrados por cadarços de tênis e ficaram sob poder dos criminosos por cerca de 25 minutos. O vizinho foi preso em flagrante.
Na delegacia, o preso admitiu que na noite de segunda-feira (6/11), véspera do assalto, se encontrou com dois comparsas, conhecidos pelos apelidos de “Urso” e “Europa”, para arquitetar o crime. O encontro aconteceu em um bar na zona oeste da capital paulista.
O trio bebeu cerveja e fumou maconha no estabelecimento. Em seguida, foram até o condomínio onde Eduardo mora com a família, o mesmo das vítimas, e pegaram o carro do padrasto dele – um Ford Fusion.
Assalto
Os ladrões aproveitaram que Eduardo tinha o cadastro de biometria no condomínio (veja abaixo) e realizaram o assalto às 3h da madrugada de terça-feira. No depoimento, ele nega que tenha feito as vítimas de refém e afirma que “apenas transitou dentro da residência com seus comparsas”.
Ele também relatou para a polícia que não ficou com os objetos roubados do casal. Ao todo, os criminosos levaram três bolsas de luxo, cada uma avaliada em R$ 20 mil, além de cinco relógios e nove joias.
Segundo o depoimento, os objetos foram levados por “Europa”. O trio faria a “divisão dos bens” ainda na terça-feira. Eduardo, no entanto, acabou sendo preso antes.
Na pochete, os PMs encontraram 23 porções de cocaína, embaladas em sacos plásticos, e 128 de crack – estas, vendidas a R$ 10 cada –, além de R$ 92 em cédulas. Eduardo não manifestou resistência aos policiais, confessou que havia viajado para traficar drogas e foi levado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Cerqueira César.
Nas alegações finais, o advogado Marcos Antonio Antunes Barbosa afirmou que o jovem tinha “sérios problemas com uso de drogas”, motivo pelo qual contraiu uma dívida de R$ 26 mil. “Ele mentia para os traficantes que iria revender as drogas, quando na verdade usava todas elas e ficava devendo”, afirmou.
O juiz Leonardo Labriola Ferreira Menino, da 1ª Vara Criminal de Avaré, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), decidiu condenar Eduardo a 1 ano e 8 meses de prisão, em regime aberto, além de multa. A sentença foi proferida no dia 18 de novembro de 2022.
Fonte: Metrópoles