O Brasil vem passando por um processo de envelhecimento cada vez mais intenso. Em algumas regiões do país já temos estados considerados “estados velhos”, por terem mais pessoas com 60 anos ou mais que jovens até 14 anos. Com isso, traz uma preocupação a toda sociedade que precisa se preparar para atender a essa população e proporcionar uma melhor qualidade vida.
Com o aumento da expectativa de vida e a melhora na autonomia e independência, muitos idosos têm morado cada vez mais sozinhos por serem independentes. Com isso, a prestação de serviço precisa ser qualificada para atender às necessidades dessa população, para minimizar os riscos à saúde e promover a autonomia e independência por mais tempo possível. Para isso, é necessário ter síndicos, administradoras, serviços gerais, portarias, recepcionistas e prestadores de serviço que permeiam a vida de um idoso no seu domicílio.
Os idosos que são chefes de família ou que moram sozinhos em seu domicílio geralmente são os primeiros pagar as taxas do condomínio, por terem uma renda fixa com pouca oscilação, porém, são os condôminos que menos usufruem dos espaços comuns ou atividades sociais desenvolvidas pelo condomínio. Nesse sentido, ficam algumas perguntas: por que os idosos não usam a piscina? Por que não frequentam a academia do prédio? Por que saem pouco do apartamento? E o salão de festa? As reuniões de condomínio, por que não aparecem? Caso um idoso passe mal, para quem ligar?
Para responder tais perguntas, é necessário revisar os espaços do condomínio como iluminação, escadas, corrimão, acessibilidade à piscina, organização da academia, atividades sociais desenvolvidas no condomínio e a segurança oferecida para que promova uma maior participação da pessoa idosa no meio social do condomínio. Para concluir, é importante reforçar que profissionais capacitados e espaços adaptados promovem saúde e qualidade de vida para essa população.
Tenildo Lopes – Bacharel em Educação Física, Mestrando em Ciências Médicas, Especialista em Gerontologia, Especialista na saúde do adulto e do idoso, Consultor em Envelhecimento Humano e Professor Formador do projeto Amigo da Pessoa Idosa.