O assassinato do advogado Tadeu Pavoni, 44 anos, durante uma reunião de condomínio aconteceu sem que houvesse discussão. Foi o que relatou à imprensa o diretor da Resolve Condomínios, empresa que presta serviços ao local, Ricardo Mafacioli, que estava presente no dia. O advogado foi morto por um jovem de 23 anos com golpes de canivete o advogado Tadeu Pavoni, no Centro de Lajeado na noite de terça-feira (24). Na tarde de quarta-feira (25), o delegado Márcio Moreno, concedeu uma coletiva de imprensa para detalhar o crime.
No relato, Mafaciolli deu alguns detalhes da forma como o caso aconteceu e afirmou que “não teve nenhuma discussão”. Ainda muito abalado com a situação, o empresário disse que estava participando da assembleia, pois a empresa presta serviços auxiliares de administração ao condomínio. “Decorrido algum tempo após a reunião ter iniciado, o morador que viria a praticar a agressão, que não participava da assembleia, da janela do apartamento em que residia, ameaçou lançar flechas contra as pessoas ali presentes”, relata.
Não teve nenhuma discussão, reforça o administrador, só a pergunta do porque ele estaria fazendo aquilo. Às 19h56 foi feita novamente uma nova ligação para a BM, que sugeriu uma ligação para o Samu, ou seja, seis minutos após a reunião ter sido interrompida. Ele ligou para o Samu, no 192, com a intenção de informar que havia ocorrido a agressão. Depois disso, Mafaciolli tentou pedir socorro. “Liguei, começou uma gravação: para AVC disque x, para não sei o que disque y, então decidimos nós mesmos levar a vítima que sangrava muito e já estava desacordado”, conta.
Às 20h05 ele deu entrada no hospital, e às 4h da madrugada já da quarta-feira (25), não resistiu aos ferimentos e faleceu. O diretor da empresa também comentou que uma mulher, na hora em que a reunião estava acontecendo, estava na mira do autor das flechadas, e acabou trocando de lugar com medo de ser atingida. O agressor chegou a mirar a flecha em um árvore, mas ela não fixou, conforme o delegado.
“Autor do crime com indícios de problemas mentais”
Conforme o delegado Marcio Moreno, o suspeito do crime não estava na reunião, porém escutou a conversa dos vizinhos e achou que estavam falando dele, quando da janela do seu apartamento atirou a balestra (tipo de arco que arremessa flechas) em direção às outras pessoas. Depois foi ao local, e ao sair dois vizinhos foram tentar acalmar, neste momento, a vítima foi atingida.
Moreno esclarece que o homem atingido estava armado também, mas por ter posse legal de armas e estar em sua residência, mas em momento nenhum usou ela. Já o agressor estava com arma branca, um canivete. “Ele vai responder por homicídio doloso, já que o motivo foi banal e fútil. E pelo histórico do agressor, ainda vamos fazer exames, mas há indícios de problemas na saúde mental.”
Prisão
O indivíduo fugiu do local, porém foi identificado e alcançado pelos os policiais, no Bairro Hidráulica, quando tentava pular o muro de uma casa. Com o suspeito foi localizado o canivete, sujo de sangue. Em busca na residência do jovem o policiamento encontrou um simulacro de pistola, um facão, a balestra (arco que arremessa flechas) e oito flechas. Diante dos fatos ele recebeu voz de prisão e foi encaminhado a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) para as providências legais.
(Fonte: Independente)