A agressão sofrida por uma jovem de 19 anos na portaria do condomínio onde mora, em Ribeirão Preto (SP), reacendeu o debate sobre o papel e o preparo dos funcionários diante de situações de violência contra mulheres. Espancada pelo ex-namorado no dia de Natal, a vítima afirmou que não recebeu ajuda imediata da funcionária que estava na guarita durante o ataque, registrado por câmeras de segurança.
A jovem disse que em nenhum momento teve ajuda da funcionária que estava na guarita no momento das agressões. O caso aconteceu na manhã da última quinta-feira (25) e foi gravado por câmeras de segurança. Segundo a vítima, após o agressor deixar o local, a mulher ainda questionou se era preciso ligar para a polícia.
“Como que você vê uma mulher sendo agredida, sendo chutada no rosto, dando soco no rosto dela, e ainda vai perguntar se é pra ligar pra polícia? Eu estou muito chateada, é falta de empatia, ela não teve empatia por mim em nenhum momento”.
Nas imagens, é possível ouvir a vítima gritando por socorro e pedindo para o ex-namorado parar. As agressões duraram quase dois minutos.
“A todo tempo no vídeo dá pra ver que eu grito ‘moça, moça’, falo com ele ‘para, você vai preso, para com isso’. E a moça a todo momento lá na guarita só falou ‘vai embora, vai embora’. Ela nem pra ligar pra ninguém, pro síndico. Ela foi ligar pra polícia depois que eu estava lá dentro da guarita, depois que perguntou se eu queria que ligasse pra polícia e eu falei que sim. Minha amiga desceu, ela ainda perguntou para minha amiga se queria que ligasse pra polícia”.
🔎Desde 2021, o Estado de São Paulo tem uma lei que obriga condomínios a reportarem casos de agressão contra mulheres, idosos, crianças e adolescentes. O texto prevê que as ocorrências sejam encaminhadas para a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher da Polícia Civil ou a outro órgão de Segurança Pública, imediatamente após os fatos ou até 24 horas depois.
A equipe de reportagem não conseguiu contato com o condomínio. O espaço segue aberto.
Com informações do G1.

