Uma assembleia de condomínio em Vicente Pires, Distrito Federal, acabou na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher da Asa Sul (Deam 1), na última quinta-feira (1º/8), após moradores votarem a favor da destituição do síndico e do subsíndico do residencial. Testemunhas relataram que a dupla gestora partiu para cima de vizinhos por não aceitar o resultado do pleito. A informação é do site Metropoles.
Semana passada, em Campos dos Goytacazes, a assembleia de um condomínio também terminou em agressões físicas e xingamentos. A assembleia também foi convocada para destituição da síndica que, segundo moradores, não prestava contas e até estaria colocando o dinheiro do condomínio em contas indevidas. A síndica afirmou aos moradores que registrou o caso, o que ainda não foi confirmado.
De acordo com a publicação, a reunião havia sido convocada para votação da retirada de ambos do cargo, sob justificativa de que a gestão faltava com a transparência na prestação de contas e em decorrência de dívidas abertas em nome do Condomínio Imperial, na Rua 3 da região administrativa.
Morador do residencial, um empresário de 45 anos, disse que o então síndico teria até arrancado avisos sobre a assembleia de elevadores.
O empresário contou, ainda, que moradores chegaram a ser coagidos a não assinar o abaixo-assinado para a convocação da assembleia e que quem pedia documentos da prestação de contas do residencial era desrespeitado. “Ele [o síndico] não deixa os participantes falarem durante a reunião. Na última, afirmou que quem quisesse a prestação de contas deveria entrar na Justiça.”
Na assembleia, os condôminos votaram a favor da destituição do síndico e sugeriram o nome de um outro morador para assumir o cargo temporariamente. Irritado, o atual síndico teria partido para cima da esposa do indicado, e dito: “Era isso o que você queria mesmo”. A vítima, então, respondeu: “Nós queríamos a prestação de contas, coisa que você nunca fez”.
Outra testemunha afirmou que, com a mão levantada como se fosse agredir a mulher, o atual síndico teria ameaçado bater nela e xingá-la. Ao perceber que o debate escalava, a Polícia Militar foi acionada.
Procurado pelo Metrópoles, o atual síndico confirmou que ocorreram xingamentos durante a assembleia, mas negou a existência de ame4ças e agr3ssões, além de rechaçar a necessidade de levar o caso à delegacia. “Assembleias são acaloradas mesmo”, justificou.