A Polícia Civil de São Paulo investiga a startup Tabas by Bluegrond por não transferir aluguéis e condomínios de imóveis sublocados a proprietários de imóveis de luxo.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública, o 78º DP (Jardins), onde está localizada a sede da empresa investigada, apura os crimes citados por meio de inquéritos policiais instaurados. “Diligências são realizadas para esclarecimento dos fatos.”
Ao menos 15 boletins de ocorrência foram abertos contra a empresa.
Um grupo de 85 proprietários de imóveis de alto padrão do Itaim Bibi e dos Jardins, bairros nobres de São Paulo, estão procurando a Justiça para tentar receber o dinheiro dos aluguéis ou a posse dos imóveis. A Tabas atua em pelo menos três estados.
Os proprietários reclamam que, desde o início do ano, a Tabas não transfere os valores que os inquilinos pagam para morar nos imóveis alugados, além de não quitar os condomínios e as parcelas de IPTU desses apartamentos.
Todas essas obrigações estão estabelecidas nos contratos, aos quais a reportagem teve acesso.
Outro lado
Por meio de nota, a empresa disse que “não deixou de fazer repasse de aluguéis, mas sim, como inquilino, suspendeu o pagamento”.
A Tabas também afirma que “está ciente dos casos e informa que não foi notificada sobre nenhum inquérito policial em andamento que discuta a falta de pagamento dos aluguéis”.
“Os casos mencionados estão em processos judiciais e cada situação tem uma motivação específica, prevista em contrato, para suspensão dos pagamentos. Em todos eles, foram apurados valores devidos pelos proprietários à Tabas em razão de benfeitorias que a empresa fez em seus imóveis. (…) Atualmente, a Tabas administra mais de 2 mil imóveis, e esses casos, que representam menos de 2% da nossa base de clientes, estão sendo tratados, adequadamente, na justiça. Estamos comprometidos em garantir que cada situação seja tratada com a devida atenção e conforme as determinações legais”, afirmou