Após três adiamentos, a manutenção anual do sistema de tratamento do Guandu começa na madrugada desta terça-feira (5) e deve terminar em 24 horas. O serviço pode afetar 10 milhões de pessoas no Rio de Janeiro, que devem ficar sem abastecimento de água.
O serviço começa às 4h de terça, e encerra no mesmo horário da quarta-feira (6).
“Durante o serviço, a produção de água vai ficar interrompida, afetando o abastecimento para o Rio de Janeiro, Duque de Caxias, São João de Meriti, Nova Iguaçu, Mesquita, Nilópolis, Belford Roxo e Queimados. A operação do sistema será retomada de forma gradativa após a conclusão”, informa a Cedae.
O recomendado é reservar água para esse período, adiando tarefas não essenciais que exijam grande consumo.
Após a finalização do serviço, a distribuição de água nas localidades impactadas será de responsabilidade das concessionárias Águas do Rio, Iguá e Rio+Saneamento, de acordo com as respectivas áreas de atuação.
A obra, que segundo a empresa faz parte da preparação da concessionária para o verão, vai acontecer na Estação de Tratamento de Água (ETA) do Guandu e nos subsistemas de Marapicu e Lameirão, responsáveis pelo abastecimento de milhões de cariocas e fluminenses.
Segundo a Cedae, mais de 500 profissionais vão realizar farão inspeções e correções para reforçar a eficiência do sistema, como instalação de equipamentos, reparos gerais, ajustes eletromecânicos, revisão de peças e limpeza das estruturas que não podem ser acessadas durante a operação normal.
“É necessário a manutenção, já que no verão a demanda por água aumenta consideravelmente. A ação visa garantir o pleno funcionamento do sistema, otimizando a operação e a segurança da unidade. É a oportunidade de identificar e corrigir possíveis irregularidades para prevenir ocorrências futuras”, informou Daniel Okumura, diretor de saneamento e grande operação da Cedae.
Segundo Wellis Costa, gerente do Sistema Guandu, o sistema poderá demorar a voltar em alguns bairros.
“Nós fazemos uma programação, um cronograma de entorno de 24 horas [para o reparo]. Isso envolvendo desde a redução do sistema até o retorno. Como o sistema é muito grande, ele não pode parar instantaneamente. Ele tem que ser reduzido gradualmente, assim como a retomada do sistema. [A água] tem que entrar aos poucos para voltar com calma e não ter problema nas redes de distribuição”, destaca.
Adiada três vezes
A Cedae chegou a adiar a manutenção anual do Guandu por três vezes. A primeira vez foi por causa do calorão que atingia o Rio de Janeiro. A segunda, por conta dos apagões depois das fortes chuvas em todo o estado do RJ, e a terceira vez foi causada pelo rompimento de uma adutora da Águas do Rio, em Nova Iguaçu.
O reparo da adutora causou falta d’água em diversos bairros da Zona Norte e Baixada Fluminense.