Numa época em que cidades como Paris e Londres começam a tirar do papel projetos que restringem a circulação de carros movidos a combustíveis fósseis, privilegiando as bicicletas e os veículos elétricos, o Rio de Janeiro esbarra em burocracias que causam dor de cabeça a quem já optou por um transporte mais consciente.
Em condomínios da Barra da Tijuca, a discussão sobre vagas de estacionamento e pontos de recarga de bateria de bicicletas elétricas vem sendo motivo de discussões acirradas entre os moradores.
Alguns, inclusive, sequer dispõe de tomadas específicas para a recarga dos equipamentos, já outros estudam cobrar uma taxa por esse serviço, que incide na conta de luz do condomínio.
Em entrevista ao jornal O Globo, o professor do departamento de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações da Uerj Luís Fernando Corrêa Monteiro calculou que o carregamento completo de uma bateria de bicicleta elétrica leva, em média, quatro horas, custando cerca de 21 reais por mês (70 centavos ao dia).
Já houve briga, por exemplo, por morador usar tomada do condomínio para recarregar sua bicicleta própria.
“Uma solução nos residenciais seria acordar um número máximo de bicicletas que poderiam ser conectadas a uma tomada comum por mês, estabelecendo um esquema de rodízio”, refletiu o professor.
Empreendimentos imobiliários mais recentes já se adaptaram à realidade do aumento no número de bicicletas elétricas e alguns até dispõem de veículos desse tipo que podem ser compartilhados entre os moradores.
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