Um condomínio de alto padrão no bairro Pelinca, em Campos dos Goytacazes, enfrentou momentos de tensão com um princípio de incêndio em um dos apartamentos na manhã de sábado. O problema, felizmente, foi rapidamente solucionado através do síndico Bruno Freitas Guimarães, que tem experiência em ambiente de trabalho com produtos perigosos e inflamáveis, e mesmo sem estar presente, orientou aos funcionários como agir.
Bruno conta que recebeu uma chamada da portaria do condomínio Absoluto, onde um dos porteiros informou que os moradores do 3º andar do bloco 1 estavam reclamando de muita fumaça no andar.
– Imediatamente perguntei qual era a situação dos moradores dos apartamentos para garantir a segurança de todos. Solicitei, também ao porteiro Arthur, que o fornecimento de luz e gás do andar fosse interrompido – conta, acrescentando que pediu a um dos porteiros que ligasse para o Corpo de Bombeiros.
Como uma das unidades estava fechada por motivo de viagem do morador, o síndico entrou em contato com a moradora e explicou a situação, pedindo permissão para adentrar sua unidade. Com a resposta positiva, solicitou a um dos porteiros que arrombasse a porta para verificar a situação pois poderia haver ali algum curto-circuito na instalação elétrica ou até mesmo uma chama acesa no fogão deixada pela secretaria da unidade: “Com o fornecimento de luz e gás interrompidos temos uma situação menos crítica à integridade do colaborador, pelo fato de termos isolado as energias que poderiam agravar a emergência”, explica.
Ao entrar na unidade, o porteiro Edinon disse que estava tudo em ordem e que a origem da fumaça não era ali. Ao mesmo tempo, os porteiros foram à calçada para verificar a origem da fumaça e perceberam que o vizinho da unidade que estava vazia, ao abrir a porta da varanda, saiu uma grande quantidade de fumaça, ou seja, a origem da fumaça vinha de uma unidade habitada que já havia reportado à portaria que não vinha dali.
O Corpo de Bombeiros chegou ao local e, orientados pelos porteiros, se dirigiu à unidade onde foi identificada a fumaça. O combatente entrou e visualizou uma panela em chamas sobre o fogão, debelou aquele resquício de chamas e conversou com o morador, que estava alterado.
Bruno destaca que o conhecimento da dinâmica de um incêndio é de fundamental importância para sua prevenção e combate: “O fogo só se sustenta tendo três elementos – combustível, comburente e oxidante. Retirando um destes elementos o fogo não se sustenta. Ao interrompermos o fornecimento de luz e gás, eliminamos um dos elementos que sustentam a chama”.
E alerta ser imprescindível que os moradores tenham o devido cuidado em seus afazeres domésticos. Um simples esquecimento, neste caso provocado por um estado alterado de consciência, poderia ter um desfecho grave se não tivessem tomado as atitudes corretas: “Sempre oriento aos moradores que no primeiro sinal de anormalidade comuniquem imediatamente a portaria ou até mesmo a mim para que possamos tomaras medidas necessárias para preservar a saúde e segurança de todos. O morador em questão contou ainda com muita sorte por não ter se sufocado na fumaça que inundava sua unidade”.
Vale destacar o empenho da equipe de portaria que informou com detalhes a ocorrência e seguiram as orientações para que fosse possível interromper a reação em cadeia que é a chama, evitando assim um incêndio. Também foi importante o fato de o síndico ter 20 anos de experiência em ambiente de trabalho com produtos perigosos e inflamáveis com reciclagem anual de prevenção e combate a incêndio em plataformas e refinarias de petróleo: “Conhecimento e treinamento são as armas necessárias para enfrentar as emergências que podem ocorrer a qualquer momento no nosso cotidiano. Estar atento às anormalidades é de suma importância”, conclui o síndico.