O síndico Wahby Khalil, 42 anos, recebeu alta médica na tarde de quarta-feira (23), mas continuará em tratamento. Ele levou um soco no rosto de um morador do condomínio em Águas Claras, Distrito Federal, onde é síndico após uma discussão na academia do prédio. O agressor, o professor de educação física e instrutor de artes marciais Henrique Paulo Sampaio Campos, discutiu com a vítima sobre um saco de pancada instalado na academia do condomínio. O síndico ficou seis dias internado.
Khalil tinha ido à academia do prédio informar que o saco de pancada deveria ser retirado porque estava provocando rachaduras no teto. Durante a discussão, Henrique lhe deu um soco. Ao ser atingido, Khalil caiu e bateu a cabeça no chão.
A agressão, ocorrida na última quinta-feira, provocou uma hemorragia no cérebro, afrouxou e quebrou dentes de Khalil. O ato de violência foi gravado por câmeras de segurança.
Ao deixar o hospital, o síndico estava bastante emocionado e disse ter gratidão por receber uma segunda chance:
— Só tenho o que agradecer a Deus, a minha família, a toda equipe do hospital e a quem me apoiou nesse caso —falou Khalil, às lagrimas.
Sobre a agressão, Khalil relatou: “Ele estava ameaçando um outro funcionário e já se mostrava bem nervoso. Perguntei a ele por que ele estava alterado e na sequência, eu me afastei na primeira ameaça dele, mas ele veio e me deu a porrada depois. Vim recuperar a consciência dez minutos depois”, detalhou.
Khalil falou sobre o comportamento de Henrique em outras oportunidades: “Em outro momento, tivemos uma assembleia e ele já mostrou esse temperamento agressivo”, descreve.
O síndico relatou que precisará de ajuda familiar até se recuperar. “Nesse primeiro momento, não estou em condições físicas de estar sozinho, portanto vou primeiro para a casa da minha mãe”, explicou. Khalil ainda afirmou a ansiedade de voltar para casa: “É o meu sonho, que as coisas voltem tudo ao normal”, disse.
Apesar da alta médica, o síndico precisará retornar ao hospital, para realizar tomografias e acompanhamentos odontológicos.

Agressor — O personal estava fora do prédio desde a agressão e não estava sendo encontrado para intimação. No início da semana ele compareceu à delegacia, mas manteve silêncio.
O caso é tratado como lesão corporal, mas a tipificação pode mudar após análise dos laudos médicos.