Uma festa privé – em um apartamento residencial e comercial de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro – foi parar no tribunal. A Justiça do Rio de Janeiro determinou a proibição de um evento intitulado ‘Réveillon Liberal’ programado para este sábado (31), durante a virada do ano. Não é a primeira polêmica envolvendo o apartamento. Representantes do condomínio entraram com processo contra a proprietária da cobertura e dois inquilinos que teriam instalado um clube de sexo com show de strip e troca de casais no local.
Caso a proprietária e os inquilinos descumpram a decisão, serão multados em R$ 200 mil. Nas redes sociais, o evento tem sido divulgado com ingressos de R$ 1.300 por pessoa.
No processo, que tramita na 19ª Vara Cível da Capital, os advogados sustentam que em espaço de 340 metros quadrados foi transformado em um “centro de massagens” e, desde junho, são exploradas a prostituição e a venda de bebida alcoólica.
Nas redes sociais, o espaço é descrito como “um ambiente discreto e confortável para os clientes”. Além disso, é mencionado contendo “produtos eróticos” e que o local é como uma “casa de massagens”. No perfil do Instagram, são anunciados eventos como “quatro casais trocando de parceiras” às quintas-feiras e ainda “pós-praia resenha liberal” e “swing” aos domingos.
Na decisão, o juiz afirma, também, que as provas produzidas até o momento indicam a violação ao artigo 29º da Convenção de Condomínio.
Ao G1, o advogado Yannick Yves Andrade Robert, que representa o condomínio, afirmou que a festa deste fim de semana teria início às 21h e era planejada com open-bar e open-food. Cerca de 300 pessoas eram esperadas no evento, que não tinha autorização do Corpo de Bombeiros.
“Num primeiro momento, eles faziam os atendimentos individuais. Passamos então a pedir a identificação das pessoas que entravam no apartamento, o que eles negaram e informaram que não iriam identificar os amigos. Depois de várias notificações, eles mandaram uma carta para um condomínio alegando que ali era um consultório psiquiátrico e por isso não poderiam informar a identificação dos supostos pacientes”, conta Yannick Yves Andrade Robert, que completa:
“Diante da demora do juiz responsável pelo processo original em apreciar o pedido, foi necessário o ajuizamento de medida urgente perante o Plantão Judiciário para preservar a segurança de centenas de condôminos”.
Movimentação intensa
O prédio onde a casa prive funciona tem 300 apartamentos – na sua grande maioria residencial. Os testemunhos de porteiros, zeladores e vigilantes do edifício, além de outros condôminos, foram juntadas como provas para o processo inicial e indicam uma intensa movimentação no imóvel.
(Fonte: G1 e Extra)