Moradores e comerciantes do entorno do Edifício Roma, em Montes Claros, no Norte de Minas, tiveram autorização do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil para retornar ao local no final da tarde desta terça-feira (23/4). Eles tiveram que deixar a região no dia 8 de abril, quando o prédio foi interditado por risco de desabamento. Já os residentes do Edifício Roma continuam impedidos de voltar e não têm previsão sobre quando poderão ocupar novamente os apartamentos. O trânsito na região também foi liberado.
A permissão para a volta dos moradores à área ao redor do prédio foi anunciada pelo Corpo de Bombeiros após a emissão de um laudo, assinado por um perito independente, que atestou a estabilidade da estrutura. O especialista foi contratado pela Construtora Turano, responsável pelo edifício, atendendo a uma recomendação do Ministério Público Estadual (MPMG). No entanto, o Corpo de Bombeiros informou que o prédio continua sendo monitorado quanto à “inclinação”, “prumo” e evolução de rachaduras, admitindo que a área poderá ser isolada novamente se ocorrer “alguma mudança no risco de desabamento”.
Também terça-feira, o promotor Felipe Gustavo Gonçalves Caires, da Promotoria de Defesa do Consumidor de Montes Claros, recomendou que a Defesa Civil do município faça uma vistoria técnica em todos os prédios construídos pela mesma construtora nos últimos três anos, para aferir a estabilidade das estruturas. A vistoria deverá ser concluída dentro dos próximos 15 dias.
Lembre o caso:
Na tarde do dia 8 de abril, os moradores do Edifício Roma, de alto padrão, situado entre os bairros Cândida Câmara e São Luiz (região de classe média da cidade) tiveram que deixar suas casas às pressas depois que o prédio apresentou problemas na estrutura. Houve comprometimento de mais de um pilar, sendo que um deles apresentou sinais de flambagem (encurvadura) na ferragem. Quem habitava a área num raio de 60 metros ao redor da edificação também foi evacuado.
Conforme informações do Corpo de Bombeiros, deixaram a área isolada 127 pessoas, sendo 82 do entorno do prédio e 45 moradores do Edifício Roma, que tem o total de 20 andares, dos quais 16 dedicados a apartamentos. Eles foram abrigados em quatro hotéis da cidade, com despesas de hospedagem pagas pela construtora.