A grande verdade é que viver em condomínio nem sempre é uma tarefa muito fácil. Exige respeito às leis e normas e implica diversos direitos e, principalmente, deveres e neste contexto não cabem jeitinhos ! Obedecer regras é a primeira condição.
A segunda é aprender a dividir espaços em comum e passar a pensar no bem estar coletivo, compartilhando e respeitando as decisões das assembleias e o regulamento interno .
Os moradores precisam observar essas regras que são essenciais para a boa convivência entre os vizinhos, sejam eles de prédios de apartamentos ou condomínios de casas.
Morar em condominio tem a mesma regra básica da sociedade, onde tem como premissa relacionar-se com o outro, sempre. Sabemos que estamos constantemente cercados de mudanças, querendo, pedindo, procurando, compartilhando algo. Daí que a convivência entre as pessoas que não pensam igual deve se pautar pelo respeito ao outro, já que é inescusável viver em sociedade. As pessoas que resolvem morar em condomínios, buscam, principalmente, tranquilidade, segurança e conforto. Mas aí você esbarra naquele cocô de cachorro numa via do condomínio ou no embrulho de crianças brincando, obras fora do horário e pessoas que pensam diferente de você.
A verdade é que algumas pessoas costumam achar que são as donas do lugar, fazendo das áreas comuns uma extensão de suas residências. Por isso reafirmo: morar em condomínio é um exercício diário de coletividade, respeito ao próximo e às regras.
COMO RESOLVER?
* Estabelecer política interna: a melhor forma de superar esse problema é investir numa gestão transparente com foco na comunicação. Ter um plano diretor, elencar itens importantes, criar escopo de execução e aprovar em assembleia.
* Manter a massa condominial bem informada sobre projetos em andamento. Comunicar oficialmente o plano que o condomínio vai seguir, com benefício à coletividade como um todo .
* Fazer eventos sociais: trabalhar a socialização com festas, gincanas, feiras, torneios esportivos, recreação infantil. Isso engaja crianças, pais, pessoas com interesses comuns. Nascem amizades e as diferenças são superadas.
* Fazer campanhas beneficentes: desperta a sensibilidade da massa condominial, engaja e une as pessoas em prol de uma causa. As reclamações diminuem, os moradores ficam mais felizes e se fomenta um ambiente melhor para os funcionários.
Esses são apenas alguns exemplos da infinidade de pequenos pontos que podem causar grandes transtornos. Porém, deu pra perceber que a grande maioria pode ser resolvida e evitada partindo da informação e diálogo e respeito .
Leandro Souza é advogado e administrador, especialista em Condomínios, membro da comissão de Direito Condominial OAB-RJ, membro da comissão Especial de Gestão Profissional em Edificações. Autor dos livros “Fui Eleito Síndico e Agora?” e “Como montar uma administradora de condomínios”.