O verão está chegando e com ele o período de férias, especialmente as infantis. Porém, é neste período também que cresce o número de afogamentos. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), cerca de 16 pessoas morrem afogadas diariamente no Brasil – sendo três delas crianças. Nos condomínios a preocupação também cresce com a criançada de férias, vendo nas piscinas a melhor opção de diversão. Por isso, medidas de segurança preventivas são fundamentais para evitar que o lazer se torne um momento de dor.
SAIBA MAIS SOBRE SEGURANÇA EM PISCINA DE CONDOMÍNIO
Recentemente, a professora de natação infantil Fernanda de Arruda foi sugada pelo ralo lateral de uma piscina em um condomínio de Vitória/Espírito Santo e só foi salva porque conseguiu gritar por ajuda e o porteiro rapidamente desligou a bomba da piscina, interrompendo a sucção.
Nos condomínios, a preocupação também cresce coma criançada de férias, muitas vezes “soltas”, sem o acompanhamento de um adulto ou responsável — vale lembrar que a segurança pessoal da criança cabe aos pais ou responsáveis. Não ao síndico ou porteiro.
A Sobrasa (Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático) traz algumas dicas que devem ser tomadas para deixar a piscina, seja particular, de clubes ou de condomínios, mais segura.
– Devem ser instalados ralos anti-sucção e meios de interrupção da bomba
– O acesso à piscina deve ser restrito com uso de grades ou cercas transparentes com portões auto-travantes a uma altura que impeça crianças de entrar no recinto da piscina sem um adulto
-Elas devem ta bem sinalizadas, com informações de profundidade por exemplo
– Que as pessoas saibam como agir em casos de urgência, principalmente os funcionários do condomínio.
O caso da professora foi compartilhado em rede social pela Capitão Gabriela, do Corpo de Bombeiros Militar e especialista em salvamento aquático e levado a grupos de WhatsApp por Karynna Karen, que realiza assessoria esportiva em condomínios:
— O que fica de alerta desse caso também é: Todos que frequentam a piscina sabem desligar a bomba da piscina do condomínio ou residência? Seria importante essas informações serem passadas para todos os moradores e funcionários. E se fosse a criança sugada, no lugar da professora, teria o mesmo desfecho? Ralos anti-sucção são essenciais! Além disso tudo, é importante ressaltar que a supervisão DEVE SER 100% atenta — orienta.
Mas como aproveitar o verão de forma segura?
Existem diversas medidas e ações para evitar riscos de afogamento e acidentes na água. Confira algumas medidas de segurança aquática, divulgadas pelo Instituto de Natação Infantil (INATI):
1) Nunca deixe uma criança sozinha perto ou dentro da água em uma piscina, lago, mar, rio, etc… A supervisão de um adulto é fundamental, sempre.
2) Recipientes que possam acumular água (baldes, piscinas plásticas, caixas d’águas, caixas de gelo, aquários, banheiras, vaso sanitário, tanques, etc…) representam um risco sério de afogamento. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), bastam 5 centímetros de água para um bebê se afogar na banheira, por exemplo. Mantenha esses recipientes sem água ou tampados quando não estiverem em uso.
3) Para os locais de piscina: deve-se ter pisos antiderrapantes, sinalização de profundidade da piscina, ralo com tampa de anti-sucção, fácil acesso para o desligamento dos motores, acessos bloqueados quando a piscina não estiver em uso, ter as regras da piscina em local visível.
4) Ensine as crianças a verificar a profundidade da piscina antes de entrar.
5) Sempre utilize coletes salva-vidas em barcos, mesmo que você saiba nadar. Não se considere e não considerem as crianças “à prova de afogamento” porque elas têm ou tiveram aulas de natação.
Para mais dicas, você pode consultar o Instituto de Natação Infantil (INATI), no site: www.inati.com.br
Em caso de acidentes, se não houver salva-vidas por perto, chame o SAMU (192) ou acione o Corpo de Bombeiros (193).