Os moradores do Residencial Recanto Florido, em Vinhedo (SP), onde caiu o avião que deixou 62 pessoas mortas na última sexta-feira (9), tentam retomar a rotina em meio à circulação de policiais e peritos para a retirada de destroços da aeronave.
Mas as lembranças do momento do acidente ainda são recentes e prejudicam até o sono de quem viu de perto a maior tragédia aérea do Brasil nos últimos 17 anos.
O aposentado José Máximo de Souza, 67, diz que saiu de casa correndo para tentar ajudar. Mas, após ver a explosão, percebeu que não havia o que fazer.
“Até agora, não assimilei o que aconteceu. Não estou conseguindo dormir à noite. Nada será como antes”.
O empresário Roberto Cardoso, 71, também estava em casa no momento do acidente. “O avião passou em cima da minha casa. Só escutei um barulho muito forte. Saí de casa para olhar, mas o avião já estava pegando fogo. Muito triste e difícil conviver com essa situação”.
A professora Nádia Caum, 58, não estava em casa no momento da queda. Mas disse que parte dos destroços da aeronave caiu em cima das árvores no quintal da sua casa. “Minha preocupação era só poder voltar para a minha casa. Ainda estamos vivendo um pesadelo”.
A Polícia Civil irá ouvir testemunhas do acidente e pessoas relacionadas ao caso nos próximos dias.
Fonte: Uol